
Influenciador e marido não irão para Tremembé; transferência para a Paraíba foi definida por ser o estado de origem da investigação
A Justiça de São Paulo negou o pedido da defesa do influenciador digital e de seu marido para que ambos fossem transferidos para a Penitenciária II de Tremembé, no interior paulista. A decisão saiu nesta segunda-feira (25) e, em vez de atender ao recurso, o juiz responsável determinou que o casal seja encaminhado para um presídio na Paraíba, estado onde correm as investigações e de onde partiram os mandados de prisão.
A decisão surpreendeu não apenas os advogados, mas também os seguidores que acompanham o caso nas redes sociais. Tremembé é conhecido por receber presos de grande repercussão nacional, mas, segundo a Justiça, não havia justificativa legal para o remanejamento.
Por que a transferência será para a Paraíba?
De acordo com a decisão judicial, a transferência para a Paraíba atende ao princípio da territorialidade. Isso significa que os investigados devem permanecer sob custódia no mesmo estado em que os crimes estão sendo apurados.
Além disso, a Justiça reforçou que manter os acusados próximos ao local da investigação facilita o andamento do processo, já que depoimentos, audiências e eventuais diligências ocorrem na região.
Em outras palavras: o objetivo é agilizar o trabalho da polícia e do Ministério Público, evitando custos adicionais e atrasos.
Defesa insistia em Tremembé
A defesa alegava que Tremembé ofereceria melhores condições de segurança, além de preservar a integridade física dos dois, já que o caso ganhou grande repercussão nacional. No entanto, o juiz entendeu que os argumentos não foram suficientes para justificar a transferência.
Vale lembrar que a Penitenciária II de Tremembé é conhecida por abrigar presos famosos, como ex-políticos e pessoas ligadas a crimes de grande impacto. Mesmo assim, o magistrado reforçou que cada processo deve seguir seu curso natural no estado de origem.
O que pode acontecer daqui para frente
Com a decisão, o próximo passo será a logística da transferência, que deve envolver tanto a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo quanto a da Paraíba. O prazo ainda não foi divulgado oficialmente, mas a expectativa é que ocorra nos próximos dias.
Para a defesa, resta a possibilidade de recorrer em instâncias superiores. No entanto, especialistas apontam que é difícil reverter esse tipo de decisão, justamente por estar alinhada com a lei processual penal.
O impacto prático da decisão
Para além dos holofotes, essa decisão tem impacto direto no andamento da investigação. Estando na Paraíba, o casal ficará mais próximo das autoridades locais, o que tende a acelerar o processo e reduzir a dependência de cartas precatórias (documentos enviados de um tribunal a outro).
Isso significa menos burocracia e mais agilidade, tanto para a acusação quanto para a defesa.
O que o leitor precisa saber
Se você acompanha o caso, é importante entender que transferências de presos não acontecem apenas por conveniência ou pedido da defesa. Existe uma lógica processual por trás, que busca equilibrar segurança, direitos dos investigados e andamento das investigações.
Esse tipo de decisão também ajuda a mostrar como o sistema judicial prioriza o local da apuração, o que pode influenciar em casos semelhantes no futuro.
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