Dólar dispara , Bolsa cai com sanções dos EUA e fiscal

Tempo de leitura: 2 min

Escrito por ROMAURO DE JESUS
em outubro 10, 2025

Mercado reage a pacote de gastos do governo e novas ameaças comerciais de Trump à China

10/10/2025 17h13 • Atualizado há poucas horas

O dólar fechou em forte alta nesta sexta-feira (10), superando R$ 5,50, atingindo a maior cotação em mais de um mês. A combinação de insegurança fiscal no Brasil e novas declarações de Donald Trump contra a China provocou um movimento global de aversão ao risco, pressionando moedas emergentes e derrubando bolsas.

O Ibovespa encerrou o dia com queda de 0,60%, aos 140.859,07 pontos, acompanhando o mau humor do câmbio, enquanto investidores estrangeiros reduziram sua exposição ao mercado local.

Incerteza fiscal domina o cenário

A maior preocupação doméstica é o possível pacote de gastos de até R$ 100 bilhões que o governo estuda para 2026, ano eleitoral. As medidas incluiriam isenções e novos benefícios sociais, sem detalhamento de como seriam financiadas, aumentando a percepção de risco entre investidores.

Especialistas apontam que a derrubada da MP 1.303, que previa aumento de arrecadação de até R$ 46 bilhões em dois anos, contribuiu para a instabilidade. Sem essa receita, o mercado teme que o governo recorra a soluções pontuais, como elevação do IOF, caso o STF confirme a possibilidade de aumento do imposto sem aval do Congresso.

“O real despontou como a pior moeda entre os emergentes. Esse pacote, ainda que não confirmado, reacendeu o temor de deterioração das contas públicas”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos.

Impacto no câmbio e na confiança

O dólar subiu quase dez centavos em poucas horas, mesmo com o índice DXY estável, mostrando que o desconforto é interno, refletindo a fragilidade da confiança no cenário econômico doméstico.

“O real se descolou de outros emergentes e perdeu força mesmo com o dólar caindo lá fora. Isso mostra que o risco é doméstico”, comenta Gustavo Assis, CEO da Asset Bank.

Tensão comercial internacional

Além do cenário fiscal interno, o mercado também reagiu a novas ameaças comerciais de Donald Trump à China, que reacenderam a aversão global ao risco. A combinação de fatores internos e externos provocou uma pressão adicional sobre o câmbio e a Bolsa brasileira, reforçando a volatilidade do dia.

O que esperar

Investidores devem acompanhar de perto as decisões do governo sobre o pacote de gastos e a evolução das tensões comerciais internacionais. A percepção de risco deve continuar influenciando moeda e ações, especialmente em um ano eleitoral com expectativa de aumento de gastos públicos.

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