Quando e como começou a investigação contra Hytalo Santos: entenda a linha do tempo do caso

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por ROMAURO DE JESUS
em agosto 24, 2025

Hytalo Santos, citado por Felca, é preso em SP - 15/08/2025 - Cotidiano -  Folha

Influenciador paraibano virou alvo do Ministério Público após denúncias de exploração infantil e trabalho irregular; veja como as apurações ganharam força

A pergunta “quando e como começou a investigação contra Hytalo Santos” é hoje uma das mais buscadas na internet. O influenciador paraibano, que até pouco tempo atraía milhões de seguidores com vídeos musicais e de dança, está no centro de um dos casos mais graves do país envolvendo crianças e adolescentes nas redes sociais.

Para entender o que levou à sua prisão em 15 de agosto de 2025, é preciso voltar no tempo e reconstituir a trajetória das denúncias, os primeiros sinais de alerta e o papel fundamental da pressão popular para que a Justiça agisse.

O início das apurações

As primeiras suspeitas contra Hytalo Santos surgiram ainda em 2024, quando internautas começaram a questionar o teor dos vídeos publicados por ele e pela chamada “Turma do Hytalo”. Nessas produções, adolescentes apareciam em danças sensuais, com roupas consideradas inapropriadas para a idade.

Na época, o caso já tinha chegado ao Ministério Público da Paraíba (MP-PB), que passou a monitorar as postagens. No entanto, as investigações ainda corriam em sigilo e não haviam ganhado repercussão nacional.

O estopim: o vídeo de Felca

O ponto de virada ocorreu em 6 de agosto de 2025, quando o youtuber Felca publicou um vídeo de denúncia que rapidamente viralizou. No conteúdo, ele acusava Hytalo de promover a “adultificação” de menores e chamou atenção para o chamado “algoritmo P”, que supostamente favoreceria conteúdos sexualizados com adolescentes.

O vídeo repercutiu em portais de notícias, gerou milhões de visualizações e trouxe à tona a pergunta que estava apenas em nichos da internet: quem era Hytalo Santos e o que estava acontecendo em seus perfis?

A partir desse momento, o MP-PB intensificou as apurações, reunindo provas e solicitando apoio de outras instâncias da Justiça.

A prisão preventiva

Poucos dias depois, em 15 de agosto de 2025, a Justiça autorizou a prisão preventiva de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, em Carapicuíba (SP).

A decisão foi baseada em indícios de:

  • Exploração sexual infantil;
  • Trabalho infantil irregular;
  • Tráfico de menores;
  • Lavagem de dinheiro.

No mesmo dia, os perfis do influenciador foram removidos das redes sociais, sob ordem judicial, para proteger os adolescentes envolvidos.

A resposta da Justiça e novos capítulos

Após a prisão, a defesa de Hytalo tentou converter a medida em tornozeleira eletrônica, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão preventiva em 19 de agosto de 2025, alegando gravidade dos fatos e risco à integridade dos menores.

Paralelamente, o Ministério Público do Trabalho (MPT-PB) entrou com ação civil pedindo o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens do casal, como indenização por dano moral coletivo.

O impacto das investigações

O caso de Hytalo Santos abriu espaço para uma discussão muito maior: os limites entre entretenimento e exploração infantil na internet.

  • Para os pais: reforça a necessidade de acompanhar de perto a participação dos filhos em conteúdos digitais.
  • Para criadores de conteúdo: mostra que a busca por audiência não pode ultrapassar barreiras legais e éticas.
  • Para a sociedade: impulsionou o debate legislativo, com a chamada “Lei Felca”, conjunto de propostas voltadas ao combate da exploração de menores em plataformas digitais.

Por que ainda falamos sobre isso

Mesmo após a prisão, a pergunta “quando e como começou a investigação contra Hytalo Santos” continua relevante porque expõe um problema que vai além do influenciador. É sobre como a internet pode ser usada para o bem, mas também pode se tornar terreno fértil para crimes que afetam diretamente a infância.

Analise

  • Primeiras suspeitas: em 2024, com monitoramento do MP-PB.
  • Estopim: vídeo de Felca em 06/08/2025, denunciando a “adultificação” de menores.
  • Prisão preventiva: decretada em 15/08/2025, em Carapicuíba (SP).
  • Acusações: exploração infantil, tráfico de menores, trabalho irregular e lavagem de dinheiro.
  • Ações da Justiça: redes sociais apagadas e bloqueio de até R$ 20 milhões em bens.
  • Habeas corpus: negado pelo STJ em 19/08/2025.
  • Impacto: abriu debate nacional sobre proteção de crianças na internet.
  • Legado: impulsionamento de propostas legislativas conhecidas como “Lei Felca”.

Você vai gostar também:

Para enviar seu comentário, preencha os campos abaixo:

Deixe um comentário


*


*


Seja o primeiro a comentar!

JUNTE-SE Á NOSSA LISTA DE SUBSCRITORES

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: Este site faz uso de cookies que podem conter informações de rastreamento sobre os visitantes.